Após o café e os ajustes
de bagagens nas motos, nos despedimos do casal Airton&Zeneida (grande
parceria) e saímos aproximadamente as 9:30 hs rumo a Rio Grande, optando em ir
pela praia para dar uma olhada nos molhes.
As famosas vagonetas (pequenos vagões a vela que percorrem
sobre trilhos até o fim dos molhes) não estão funcionando atualmente pois os
molhes estão sendo aumentados em 2 Km (para um total de 6Km).
Foi uma pena,
para mim trazem boas lembranças de veraneios no Cassino,na casa dos avós
Bráulio e Rosa, onde os Freitas e os de Felippe se juntavam para ir à praia,
passear, curtir as férias. Bons tempos.
Seguindo viagem, já no asfalto em direção ao local de
embarque da lancha para S.J. do Norte, passamos pelo Super Porto com seus inúmeros
containers e super guindastes e...lembrei do embarque das motos na
lancha...senti um calafrio. Novamente ter que embarcar a Cavala na lancha? Com
aquela “rampinha”? É brincadeira!!!
Mas, quando chegamos ao local de embarque, que grata
surpresa, devido ao grande movimento de carros, caminhões e carretas, colocaram
uma balsa extra, uma enorme balsa. Se bem me lembro, entraram 2 carretas, 4
caminhões, 7 carros, umas 10 motos e ainda tinha algum espaço.
A travessia, com
mar calmo, é muito tranqüila, quase nem se escuta o motor funcionando.
A partir de S.J. do Norte voltamos a rodar na ex-Estrada do
Inferno, agora para percorrer toda a sua extensão, até Mostardas já sabíamos
das condições, muitos trechos em obras.
Abastecemos as motos e almoçamos em um restaurante em
Mostardas, onde conversamos com um vendedor da região que disse para nos termos
muito cuidado nos próximos 40 Km em direção a Palmares do Sul, estavam
péssimos, só buracos. E não foi exagero, nunca vi tanto buraco numa estrada só.
Foi um ziguezague total, de acostamento à acostamento, isto para as motos pois
os carros, ônibus , caminhões, etc, não conseguem desviar, escolhem os menores
buracos para passar. Após os 40 km de buracos, até próximo a Palmares do Sul, a
estrada é só remendo.
De Palmares do Sul até Torres, estradas muito boas, com um
belo visual entre Capivari e Osório, onde paramos para ver de perto o Parque
Eólico, o tamanho das torres e suas hélices impressiona.
Já perto de Torres, uma parada estratégica na tenda do Pelé
(RS389), um lanche com muito suco de abacaxi bem gelado.
Mais
um pouco e chegamos, no final da tarde, na minha casa.
O Paulinho e o San, espertamente, resolveram não viajar a
noite e pernoitar em Torres, para seguir viagem até Floripa-SC no dia seguinte.
Mas se era tarde para seguir viagem, não era para pegar uma
praia, fomos até a Praia da Cal, tomamos um banho de mar seguido de uma
caipirinha de abacaxi (para relaxar, he he he).
Enfim, uma viagem-aventura, maravilhosa, enriquecedora,
desafiante e inesquecível.