sábado, 13 de fevereiro de 2016

Dia 4 - 05/02 (percorrido=313Km)

Acordamos cedo, quase junto com o sol, levantamos acampamento sem pressa, o que sobrou das nossas provisões resolvemos doar ao cara do “hotel”, e o San prontamente disse: “-Deixa que eu entrego, vou lá de moto”, ele já estava a fim de fazer “cross” nas dunas, he he he.
        Para chegar a beira da praia tivemos que cruzar novamente a faixa de areia fofa, a Cavala passou cavoucando o chão, com derrapadas e rabanadas. Decidimos tomar café na praia de Hermenegildo, aquela da famosa “Maré vermelha”.
        A praia, cada vez mais, com extensas áreas cobertas de conchinhas, porem e ainda bem, sem areia fofa. A impressão que dava era estar passando encima de milhares de cascas de ovos, com todos aqueles estalos.



        Chegando em Hermenegildo, fomos procurar um bar para tomar um café, fazer um lanche, enquanto o Airton foi visitar um amigo.







Novamente reunidos voltamos à praia, e foi se confirmando a certeza que não teríamos que enfrentar os temíveis “concheiros”, simplesmente por que a praia os escondeu temporariamente, deixando apenas uma leve camada de conchas sobre areia firme. As condições da praia continuavam boas, com maré baixa e o vento novamente de popa.



        Curtimos mais alguns (e últimos) Km de praia...



...e chegamos nos molhes da Barra do Chuí (S33°44’37.3”,W53º22’09.8”), do outro lado do Arroio Chuí já é Uruguai.








        Aquela velha sensação (mistura de felicidade&tristeza) já se manifestava; felicidade pelos momentos vividos e objetivo alcançado, tristeza por tudo ter passado tão rápido. Mas para consolo ainda tinha a volta, he he he.
        Depois de conferir os molhes, fomos para a “rua das compras” na cidade do Chuí, de um lado o Brasil, do outro o Uruguai, é só atravessar a rua.





        Guardamos as motos no Posto Ipiranga, onde recebemos uma atenção especial, pois um dos frentistas também tem moto e é simpatizante dos motociclistas estradeiros, no vidro de uma das janelas existem dezenas de adesivos de grupos e motoclubes, e fomos caminhar.


        Muitas lojas e, atualmente, os preços estão normais, isto é, competindo com o comércio brasileiro, principalmente com o e-commerce. Fizemos umas compritas básicas, almoçamos...


...abastecemos as motos (limpeza e graxa nas correntes, calibragem para asfalto) e demos início a volta.
        Rodamos uns 30 Km  e a parceria não resistiu a alguns bancos embaixo de um arvoredo num Posto Texaco (S33°27’35.0”,W53°16’36.7”) a beira da estrada, 30 minutinhos para a sesta (acho que a proximidade com os hermanos influenciou, he he he), e eu fui tomar um cafezinho.



        Seguindo viagem em direção a Praia do Cassino, retas e mais retas (dá saudades das curvas), passamos bem devagar pela Reserva do Taím (S32º40’13.0”,w52º35’28.5”), com uma paisagem muito bonita, conseguimos ver jacarés e capivaras.




O vento estava forte e de proa, obrigando um esforço extra nos braços já nos 90 Km/h.
        Fiquei preocupado com o Airton, pois se na praia tinha grande vantagem (de ir e vir aonde quisesse, inclusive em areias movediças, he he he) com a valente e guerreira Honda XR200, agora no asfalto com um ventão contra estava em clara desvantagem. Quando paramos para colocar um abrigo (aumentando a proteção do vento), perguntei ao Airton se naquelas condições daria para manter 80 Km/h, ele disse que sim, tudo bem. Então, após a Reserva do Taím até a bifurcação para Quinta e Praia do Cassino fomos cravados em 80Km/h, onde o Paulinho e o San, que iam um pouco a frente, nos aguardavam em um posto de gasolina (S32°4’33.2”,W52°15’38.7”).
Após abastecer as motos, com o vento já perdendo força, tomamos o rumo da Praia do Cassino, que já estava perto, para mais um pernoite na casa do Airton.
        Novamente fomos muito bem recebidos, após um bom banho de chuveiro, saboreamos...humm!! delicioso arroz com camarão, preparado pela Zeneida, que o San perdeu pois foi dormir mais cedo.
        Depois fomos olhar e trocar as fotos e filmes da viagem, um show de imagens, he he he.
        Mais uma vez, gentilmente, o Airton e a Zeneida cederam o confortável trailer, então, cansados e felizes fomos dormir.





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