sábado, 13 de fevereiro de 2016

Dia 3 - 04/02 (percorrido=170Km)

Acordamos as 8:00hs, fomos ao super-mercado fazer um ranchinho (para o acampamento)...






...abastecemos as motos (cada um levou 2 litros extras de combustível), baixamos a calibragem dos pneus (para melhorar o desempenho, caso tivéssemos que encarar muita areia fofa).
Voltamos para a casa do Airton...


...ajustamos as bagagens...




...e por volta das 10:30hs partímos.


        Rodamos um pouco, aproximadamente 12 km do Cassino, passamos pelo navio naufragado Altair, que em 1976 foi empurrado para praia e não conseguiu mais voltar, e aonde ainda se pode ver, mas já em ruínas consumidas pela maresia, o casco e as estruturas de sustentação de cargas.



A partir daí, o trecho seguinte é conhecido como Cemitério de Navios, devido ao grande número de naufrágios na época das guerras cisplatinas e também das fortes frentes frias que atingem a costa. O mais famoso navio afundado na região foi o Prince of Wales, de bandeira inglesa.      
        A praia, exceto por um vento médio de proa, estava um espetáculo para rodar de moto, maré baixa, extensas áreas de areia completamente lisa e sem degraus, com ondulações que pareciam um suave tobogã, chegamos a desenvolver velocidades acima de 80 Km/h (até então nossa velocidade nas praias oscilava entre 50 e 60 km/h).


        Enquanto eu, o Airton e o Paulinho rodávamos pela beira da praia curtindo as boas condições do momento com algumas revoadas de dezenas de pássaros, o San se divertia, vez ou outra, fazendo um “cross” nas dunas.


        Paramos para fazer um lanche, e completamente sozinhos no meio daquela inóspita e imensa  praia (S32°38’14.7”,W52°25’35.5”) saboreamos deliciosos sanduíches.






        Seguindo viagem...



...outra baleia morta...


...passamos pelos faróis Sarita , Verga...



...Paulinho, consultando os instrumentos de navegação...



...boia perdida...


...pit stop...


...e Albardão (o mais antigo da região e o maior farol da costa brasileira com 48m de altura, construído em 1906)...



...e uns 30 km depois do farol de Albardão o Airton, que conhece bem a região, começou procurar o local onde ele,o Paulinho e o Demétrio (outro primo) tinham acampado no ano de 2000, que ficava perto de um hotel, para montarmos acampamento. Hotel...!? Lá naquele fim de mundo, no meio do nada, um hotel?


Outra boia perdida.



Opa!!! Olha o San procurando um terreno pra comprar, he he he.


      Íamos rodando devagar pela beira da praia, ouvindo o crac-crac das motos passando encima dos primeiros sinais dos concheiros...


...o Airton, em pé na moto e olhando,  quando achava que era o local tinha que atravessar uma faixa de uns 10 a 15m de largura de areia fofa para conferir...


...o San acompanhava ele, eu e o Paulinho aguardávamos na beira da praia, prá não queimar cartucho, mas quando fosse encontrado o local também teríamos que encarar a travessia.
        E foi numa dessas travessias que aconteceu uma coisa incrível com o Airton e sua moto.
        Ao longe vimos a moto, literalmente, enterrada até a metade das rodas na areia movediça, o local, com +ou- 3m de diâmetro, ficava depois da faixa de areia fofa, a mais de 40m da beira mar.
        Quando chegamos perto demos muitas risadas pois o Airton, na tentativa de fazer um canal para tirar a moto, parecia estar, como um índio, fazendo a dança da chuva; o San tentando ajudar ficou enterrado até os joelhos,  he he he.






        Ainda bem que era a moto mais leve, foi tirada “no braço”, ficamos imaginando se a moto fosse mais pesada...o bicho ia pegar.Lembrei daquela frase: “Por maus caminhos com bons amigos”.
        Não demorou muito e, após algumas derrapadas, conseguimos chegar com as motos em um ótimo lugar para acampar (S33°25’02.9”,W52°56’51.9”), entre as dunas para ter proteção do vento e ao lado de pequenas lagoas.





        Ah!, após algumas subidas e descidas pelas dunas foi localizado o “hotel”..., é, ele existe mesmo (S33°24’58.3”,W52°56’46.8”)...



...ou melhor, existiu, pois salvo algumas peças, está em ruínas. Atualmente um peão, que cuida do gado de uma fazenda vizinha, está morando lá. Não sei por quem, nem quando foi construído.



        Buenas, após montar acampamento...







...fomos tomar um belo (a água não estava fria) banho de mar, seguido de um banho “theco” (devido a profundidade de 20 cm) na pequena lagoa para tirar o sal.



        Em seguida demos início ao nosso “meridional happy hour”, o Airton, espertamente, levou uma garrafa d’agua congelada, então tínhamos água gelada e um pouco de gelo, tomamos uma caipirinha de vodka (pra relaxar, he he he) e comemos nossos deliciosos sanduíches, aproveitando a luz do dia.




        O San, já ao anoitecer, após catar algumas lenhas, deu início a fogueira onde ficamos em volta conversando e dando risadas.




 A noite estava muito boa, vento fraco, lua crescente e muita estrela.



Conversa vai conversa vem, o Paulinho começou a contar algumas estórias sobre Cristóvão Colombo que fizeram o San dormir ali mesmo, deitado na areia das dunas, he he he.







        Cansados e felizes fomos dormir.

        Obs: para uma próxima de barraca, não posso esquecer de comprar um colchão inflável, passar a noite em um saco de dormir, direto sobre o chão da barraca, significa uma noite +ou- bem dormida.

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